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terça-feira, 1 de março de 2016

Histórias do Brasileirão - "Tô doido" no clássico verde-amarelo

Foto: Correio Braziliense - Edição de 1º de Novembro de 2006

No ano de 2006 o sucesso da vez era Jajá, interpretado por Welder Rodrigues, no programa humorístico Zorra Total, da Rede Globo. O humorista nasceu no DF e apesar de ser vascaíno doente, também torce para o Gama “quem viveu as décadas de 80 e 90 em
Brasília tem que torcer para o Gama”, declarou.

O sucesso do personagem Jajá rendeu um convite para o clássico entre Gama e Brasiliense, no dia 31 de outubro de 2006, pelo Campeonato Brasileiro da Série B. O ator recebeu várias homenagens, ao ser reconhecido os gritos de "tô doido" foram entoados pela torcida alviverde, Welder Rodrigues chegou a entrar em campo com a equipe no segundo tempo e, ao marcar o gol da vitória gamense, Fábio Oliveira comemorou imitando o "sapo enlouquecido", marca registrada de Jajá.

Veja na íntegra a matéria que o Correio Braziliense publicou na edição de 1º de novembro de 2006 sobre a ida de Jajá ao clássico candango:

JAJÁ ENLOUQUECE O ESTÁDIO

Correio Braziliense - 1º de Novembro de 2006 - Esportes - Página 35

Sérgio Maggio
Da equipe do Correio

O grito da torcida do Gama mudou.
Ao descobrir que o ator Welder Rodrigues
(o Jajá do Zorra total) estava no gramado
torcendo para o time, a massa pulou
no coro de “tô doido, tô doido”. Minutos
depois de começar o segundo
tempo, o jogador Fábio Oliveira comemorou
o terceiro gol com os movimentos
do personagem, que lembram “um
sapo enlouquecido”. Desde a semana
passada, quando Jean, do Vasco, resolveu
celebrar a bola na rede do Flamengo da
mesma maneira que o marido de Juju,
outros artilheiros adotaram a forma inusitada
de festejo. No domingo, foi a vez
de Ronaldinho Gaúcho no Barcelona,
despertando a curiosidade da imprensa
espanhola. “Fui entrevistado pelos principais
jornais esportivos, que se referiram não
só a mim, mas aos Melhores do
Mundo”, contou, referindo-se à companhia
de comédia de Brasília.

Convidado pelo Correio para assistir
ao clássico candango,Welder foi ao EstádioMané
Garrincha e mexeu com a torcida.
Vascaíno doente, ele aderiu ao time
verde por uma questão de coerência.
“Quem viveu as décadas de 80 e 90 em
Brasília tem que torcer para o Gama”, justificou.
Acompanhado da namorada, a
fotógrafa Rayssa Coe, Welder viu a partida
de ângulo privilegiado. Ficou atrás do
gol do Brasiliense, que começou o jogo
abrindo o placar. “Sou pé-quente”, avisou
ao comentarista de uma rádio do Gama.
Ainda no primeiro tempo, o camisa 9
Vanderlei comandou o vira-vira e ateou
fogo na torcida organizada Inferno Verde.
Welder, a essa altura reconhecido como
Jajá, vibrou discretamente com a
mão direita levantada.

Descoberto pela imprensa esportiva,
Welder foi mais assediado que o artilheiro Vanderlei.
Fotógrafos, cinegrafistas e
repórteres cercaram Jajá. Ele atendeu um
a um, falou com os narradores e teve que
repetir incontáveis vezes o bordão “tô
doido, tô doido”. Tirou fotos, deu autógrafos
e foi ainda convidado para entrar
em campo com a equipe do Gama no segundo
tempo. “É emocionante ser homenageado
dessa maneira espontânea.
Quando vi pela primeira vez na televisão,
gargalhei de felicidade. A torcida do Gama
é contagiante”, anunciou Welder, enquanto
a galera continuava pulando ao
mantra de “tô doido, tô doido”. 

Por Gabriel Caetano

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